Reunião no MPT adia greve dos trabalhadores do transporte coletivo

Karina Anunciato

(Foto: Kísie Ainoã)

A greve dos trabalhadores do transporte coletivo marcada para esta sexta-feira (07) foi adiada para a próxima sexta-feira (14). O adiamento é resultado da reunião, de cerca de 3 horas, no Ministério Público do Trabalho (MPT) entre a prefeitura de Campo Grande, Consórcio Guaicurus e Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo da capital.

Por videoconferência, prefeito participa da reunião no Ministério Público do Trabalho nesta quinta-feira (Foto: CGN)

Outro resultado da reunião foi a criação de uma junta com representantes da prefeitura, Governo do Estado, Consórcio Guaicurus, Sindicato, Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e Câmara Municipal. O grupo vai debater a partir desta sexta-feira (07) outros pontos estabelecidos no encontro como: situação financeira, isenção de 5% do ISS na prestação do serviço e subsídio ao setor. 

Caso não tenha acordo; o movimento de greve mantém a mobilização marcada para a próxima semana. Também ficou acertado que a tarifa do transporte coletivo da capital sobe para R$ 4,40, na sexta-feira (14).  Atualmente, o custo da passagem de ônibus em Campo Grande é de R$ 4,20. 

Impedido de participar do encontro presencialmente, contaminado com covid-19, o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) participou por videoconferência. A prefeitura apresentou suas condições para a concessão e contribuição para reduzir as perdas do setor e ajudar na discussão do reajuste dos trabalhadores.

Já por parte do Consórcio Guaicurus, que presta o serviço de transporte coletivo urbano na capital, a principal cobrança foi sobre a aplicação do reajuste da tarifa técnica de 21,93%. O percentual foi estabelecido através do levantamento da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Público de Campo Grande (Agereg). Caso fosse aplicado este percentual, o valor da tarifa de ônibus seria de R$ 5,12.

Do lado dos trabalhadores, o Sindicato de Trabalhadores do Transportes de Campo Grande cobrou a aplicação de reajuste salarial de 11,08% para os motoristas. O Consórcio Guaicurus defende que sem a atualização das perdas e dos custos do transporte coletivo em 2021, as empresas de ônibus não conseguem arcar com o reajuste salarial. O resultado da avaliação da junta que será realizada esta semana deve ser apresentado até quinta-feira (13).