Paulo Matos aposta no trabalho realizado na gestão pública da capital: ‘Tenho histórico de eficiência’

Karina Anunciato e Michael Franco

Paulo Matos foi secretário de Projetos e diretor da Emha na gestão de Nelsinho Trad (Foto: Mário Hisano)

O entrevistado do Jornal das Sete desta sexta-feira (16), foi o candidato à Prefeitura de Campo Grande, pela coligação “O futuro começa aqui” (PSC e Pros), Paulo Matos (PSC). Ele colocou no seu histórico como secretário Municipal de Projetos e como gestor da Agência Municipal de Habitação, um dos pontos fortes para ter a confiança nas eleições deste ano.

“Na minha participação foi uma gestão muito eficiente. Nós fizemos de Campo Grande, na época, um dos maiores canteiros de obras do país buscando recursos, interagindo com a nossa bancada federal e como os ministérios. Fui presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande)  durante quatro anos, onde realizamos o projeto de habitação mais importante do Brasil, que recebeu várias premiações, dentre as quais de primeira capital do Brasil sem favelas e sem moradia de área de riscos. Nós temos um histórico de eficiência. Eu já fiz,  sei fazer e é dessa que eu quero aplicar na administração da cidade”.

Ouça todos as propostas e temas conversados na entrevista completa:

Matos também aposta na diminuição da máquina pública por meio de uma reforma administrativa. Segundo a candidato a proposta não visa apenas deixar Campo Grande menos burocrática, também deseja acabar com um modelo antigo de gestão. “A minha reforma administrativa não tem só a visão de desburocratizar . Tem a visão de reduzir o tamanho da máquina pública, gigantescamente comprometida financeiramente em função do modelo assistencialista e empregalista adotado. Então  é propor uma reforma moderna, inteligente e tecnológica para que a gente reduza em 80% o número de comissionados, olhe para a contratação de terceirizados porque a prefeitura virou hoje meramente um cabide de emprego”.

Candidato do PSC tem como uma das bases de plano de governo, a implantação da tecnologia onde for possível (Foto: Mário Hisano)

Mais uma vez citando o trabalho como gestor da área habitacional da cidade, o candidato propõe trabalhar para redução das ocupações ilegais e construção de moradias com recursos próprios dos cofres municipais, além de buscar parcerias com a iniciativa privada para a construção de mais casas. “As ocupações irregulares, estimuladas muitas vezes pela própria estrutura política que comanda o município, trazem uma série de problemas. Expõe as famílias, onde tem ocupação irregular tem violência contra mulher, violência contra a criança, tráfico de drogas, uma desestruturação total da sociedade. A minha proposta é construir oito mil casas em quatro anos com recursos próprios do município e buscar novas formas de financiamento que o Estado oferece e nós não estamos usando aqui”.

Campeão de reclamações dos ouvintes da FM UCDB, o serviço de transporte público também foi debatido na entrevista. Perguntado sobre seus planos para melhoria do serviço, Matos alegou que buscará exigir o cumprimento total do contrato da empresa que explora o transporte e viabilizar juridicamente uma nova licitação.

“Eu quero começar a mobilidade urbana pensando na acessibilidade.  Em segundo momento, a questão do Consórcio Guaicurus. Existem, comprovadamente, várias denúncias e só a população que usa o ônibus já é uma prova que o contrato não está sendo cumprido e toda vez que tem uma posição, o prefeito defende com todas as forças o Consórcio. Eu, como prefeito de Campo Grande, vou buscar todas alternativas jurídicas vou buscar todas as alternativas jurídicas para que esse consórcio, não cumprindo, a gente possa buscar um novo processo de licitação”.