Combate à dengue, Projeto Wolbachia chega a 11 novos bairros a partir de Abril

Karina Anunciato e Michael Franco

Produção de wolbitos na biofábrica em Campo Grande (Foto: Edemir Rodrigues)

Após três meses desde a primeira soltura dos wolbitos em sete bairros de Campo Grande, o Projeto Wolbachia se prepara para ampliar o número de bairros beneficiados. Ao todo, 11 residenciais da capital entraram na fase 2. São eles: Alves Pereira, Centro-Oeste, Los Angeles, Moreninha, Parati, Piratininga, Pioneiros, Jockey Club, Taquarussu, Jaci e América.

Gabriel Sylvestre, gerente de projetos do WMP Brasil/Fiocruz, responsável pela inserção do projeto em Campo Grande, explicou que os primeiros mosquitos foram liberados no dia 7 de dezembro do ano passado, nos bairros: Aero Rancho, Guanandi, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. De lá para cá houve a inauguração da biofábrica – com capacidade para produzir um milhão e meio de mosquitos por semana. Agora, o projeto caminha para uma nova fase com a expansão para novos bairros.

“Nós estamos fazendo o engajamento comunitário. Antes de liberar qualquer mosquito com wolbachia – para que haja a reprodução destes mosquitos na natureza e redução na transmissão de dengue, chikungunya – a gente precisa passar pela etapa de mobilização social. E é nessa etapa que a população houve falar, que é explicado o método como vai funcionar e pessoas tiram suas dúvidas. Após uma pesquisa de opinião nós sabemos se podemos ou não liberar os mosquitos. Esta segunda fase está contemplando 11 novos bairros -além dos 7 da primeira fase – eles ficam basicamente na região do Anhanduízinho”.

Só neste início de ano, de acordo com o último boletim epidemiológico da dengue em Mato Grosso do Sul, três pessoas perderam a vida para a doença no estado. Apesar do sucesso do projeto em outros locais como a Austrália que conseguiu interromper o ciclo da doença no país, Sylvestre frisou que mesmo com a soltura dos mosquitos na capital é fundamental que a população mantenha os cuidados e atenção em possíveis criadouros para evitar a proliferação do mosquito com o vírus da dengue. 

A entrevista com o Gerente de projetos do WMP Brasil/Fiocruz, Gabriel Sylvestre, você confere aqui: