Mosquito aliado tem missão de combater dengue, zika e chikungunya

Karina Anunciato e Michael Franco

Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG) fazem parte do Projeto Wolbachia (Foto: Genilton Vieira IOC)

Campo Grande é uma das três cidades do país que fazem parte do projeto de inserção de mosquitos Aedes Aegypti com Wolbachia implantado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é reduzir a taxa de contaminação da dengue, da zika e da chikungunya.

Na capital, a liberação dos mosquitos modificados vai acontecer nos próximos meses nos seguintes bairros: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado.

Em entrevista ao Jornal das 7, desta quarta-feira (04), o gerente de projetos responsável pela implementação do WMP em Campo Grande, Gabriel Sylvestre, explicou que nesta etapa o engajamento da população é fundamental para sucesso da ação. “É importante mobilizar e explicar a população sobre a liberação dos mosquitos nas regiões de transmissão”, ressaltou Sylvestre.

O Método Wolbachia precisou realizar uma pausa nas atividades de engajamento comunitário devido a pandemia do novo coronavírus no país, mas a medida que as taxas de contaminação do covid-19 estão reduzindo o projeto retomou a implantação.

A soltura de mosquitos modificados será nas regiões do Lagoa e Anhanduizinho na capital (Foto: Portal MS)

Em Campo Grande, o método conta com a participação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). A professora, pesquisadora e doutora Antonia Railda Roel que participa dos estudos, elabora parte da tecnologia que será utilizada na capital no campus da UCDB. “Nós participamos na elaboração da tecnologia para a  contagem dos ovos do mosquito na Católica”, destacou Roel.

Uma preocupação dos pesquisadores é esclarecer a população sobre o método e a segurança da ação, por isso o treinamento, dos profissionais de saúde, profissionais de educação e diversos outros parceiros locais fazem parte do processo de apresentação do Método Wolbachia.

Ouça a entrevista completa: