Demora na reforma da antiga rodoviária ‘Faltou vontade política’, avalia administradora do prédio

Karina Anunciato e Michael Franco

A obra está prevista para 2022 e deve durar 1 ano. (Foto: Diogo Gonçalves)

A reforma da parte pública do prédio que abrigava a antiga rodoviária de Campo Grande, Heitor Eduardo Laburu, foi anunciada na última semana (19) pelo prefeito Marquinho Trad.

Rosane Nely, presidente da Associação do Bairro Amambaí e administradora da parte privada do prédio Heitor Laburu (Foto: Arquivo Pessoal)

A obra é aguardada desde 2011, quando o embarque e desembarque de passageiros foi desativado. Em entrevista ao Jornal das Sete, a presidente da Associação do Bairro Amambaí e administradora da parte privada do prédio, Rosane Nely, afirmou que a demora na reforma se deve à falta de vontade política para resolver. 

“Foram 4 prefeitos até agora, para provar a importância desta requalificação das áreas públicas. O prédio ali é um condomínio só e isso dificultou muito, porque são duas partes – uma privada e a outra pública. Mas o que faltou até agora, foi vontade política de resolver e foi o que essa administração teve. Desde o primeiro mandato quando eu procurei o prefeito Marcos Trad ele sempre nos atendeu muito bem e sempre mostrou interesse em resolver”.

14% do prédio que abriga o antigo terminal rodoviário da capital pertence à prefeitura. Sobre a cobrança de que a iniciativa de reformar devesse partir dos proprietários privados, Rosane frisou esta é uma situação delicada já que de nada adiantaria mudar por dentro, se por fora continuasse sem alteração.

“Não tinha como a parte privada investir de forma alguma no prédio se o poder público também não fizesse o mesmo na parte dele. O prédio é um sanduíche, se eu trocasse o recheio – que é a parte particular – com os pães estragados, da parte pública, ninguém iria comer”.

O investimento é visto como um presente à cidade na semana do aniversário de 122 anos e também ao bairro Amambaí, o primeiro bairro da cidade, que este ano completa 100 anos. “Agora o bairro Amambaí e centro comercial vão escrever uma nova história e vai beneficiar muitos comerciantes”.

Depois da reforma, o espaço vai abrigar a Guarda Civil Metropolitana e a Fundação Social do Trabalho (Funsat). A requalificação do prédio Heitor Laburu faz parte do pacote de obras do Programa Reviva Campo Grande. Ao todo serão mais de R$ 17 milhões investidos.

Atualmente funcionam cerca de 40 empreendimentos dentro do prédio entre eles: imobiliária, escritório de contabilidade, salão de beleza, mercearia, lanchonete, loja de acessórios, óticas e sapataria. 

A entrevista completa com Rosane Nely, você confere aqui: