Covid-19: ‘Jovens internados e com agravamento’, alerta infectologista da Capital

Karina Anunciato e Michael Franco

975 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul em decorrência da covid-19 no mês de março de 2021 (Foto: OMS)

Médica da linha de frente no maior hospital em Campo Grande, Santa Casa, a infectologista Priscilla Alexandrino, conversou com o Jornal das Sete desta segunda-feira (05). Trabalhando no dia a dia do enfrentamento da covid-19, a infectologista explicou que o que se tem aprendido durante este período de pandemia é que o novo coronavírus é muito dinâmico.

“No início acreditava-se que pessoas com mais de 60 anos tinham mais agravamento, e no início foi isso mesmo que aconteceu. Nos últimos meses temos visto pessoas mais jovens acima de 30 anos internadas e com agravamento do caso, do quadro clínico. Portanto a gente viu que não só as pessoas com diabetes, hipertensas e com mais de 60 anos são acometidas. Indivíduos mais jovens, sem comorbidades, também tem feito quadros graves ficaram internados e muitas vezes indo a óbito”.

O mês de março de 2021, em Mato Grosso do Sul, foi o pior em número de óbitos com  975 mortes pela covid-19. Sobre esta realidade a infectologista elencou alguns pontos que considera fundamentais para o cenário.

“Nós tivemos um maior número de contaminados neste último mês, com mais de 1000 casos em Mato Grosso do Sul. Então maior número de contaminados, mais pessoas agravando, mais internações e maior número de óbitos. Primeiro houve a abertura de tudo no final do ano – as pessoas acabaram se encontrando e a circulação do vírus se fez muito presente. Outra possibilidade são as novas cepas – especialmente a mesma que aconteceu em Manaus – que está circulando no nosso meio e que os estudos já demonstraram que é uma cepa mais transmissível, portanto é mais fácil de pegar e acometendo mais pessoas”.

A entrevista completa com a infectologista Priscilla Alexandrino, você confere aqui: