Coronavac: Recomendação do Ministério e falta de insumo afetaram aplicação da segunda dose em MS

Karina Anunciato e Michael Franco

Encontro do Cosems/MS (Foto: Assessoria)

Em entrevista ao Jornal da Sete, desta segunda-feira (03), o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems/MS), Rogério Leite, explicou que, assim como no restante do país, os municípios do Estado seguiram a determinação do Ministério da Saúde para não guardar a segunda dose da vacina da CoronaVac. A aceleração representa hoje a falta de 94 mil doses do imunizante para completar o esquema vacinal. 

“Mediante a uma ordem do Ministério da Saúde que a gente poderia utilizar a D1 (primeira dose) para atingir mais classes prioritárias, grupos prioritários, não guardar a D2, eles achavam que iriam receber essa vacina a todo momento – o que não aconteceu em virtude de todo o processo do enfrentamento da covid-19. Algumas intempéries acontecem neste meio tempo e a gente tem essas situações tanto do atraso do IFA, como o atraso das doses, de equipamentos e insumos que aconteceu nesta pandemia”.

Rogério Leite explicou ainda que tentou junto ao Ministério da Saúde a flexibilização do Plano Nacional de Imunização (PNI) com o objetivo de atender todos os profissionais de forma igualitária.

“O Cosems entende que os grupos de trabalhadores devem ser contemplados democraticamente, a imunização de todos. Você descendo por faixa etária, a partir dos 60 anos, o professor tem a mesma importância, dentro de um cenário de saúde, do chapeiro, do picolezeiro, do que o guarda, do que o dono de uma mercearia. São pessoas que fazem o sustento da sua família e nós temos que dar condições deles serem vacinados”

No entanto, o presidente do Cosems/ MS ressaltou que o pedido não foi atendido devido a falta de imunizantes no país.

“Nós não conseguimos seguir com este plano. O PNI proibiu que a gente fizesse essa alternativa estratégica de atender todo o público em virtude de não ter doses em 2021 para todas as pessoas. Então essa é uma dificuldade que é uma realidade hoje no Brasil”.

A entrevista completa Rogério Leite, você confere aqui: