Com mais de 60% da soja comercializada, produtores avançam com plantio do milho

Karina Anunciato e Michael Franco

Levantamento aponta que preço médio da saca de soja é de R$ 98,87 (Foto: Dourados News)

De olho na evolução da base econômica, Mato Grosso do Sul passa neste mês de fevereiro pela transição da colheita da soja e plantio do milho. Entrevistado do Jornal das Sete desta quinta-feira (25), o presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, Aprosoja-MS), André Dobashi destacou o otimismo com o ano de 2021. “Acredito que a pandemia vai passar e vai ser neste ano de 2021. Mato Grosso do Sul tem se destacado na vacinação, a gente tem tudo para vacinar em tempo recorde. No agronegócio a gente tem uma oportunidade imensa de não só acelerar a produção de alimentos no Estado, mas também de reverter este quadro que alguns países ainda têm do agro de que não é sustentável e de que não tem boas práticas de cultivo”.

Em 2020, o Estado enfrentou um dos mais graves cenários de queimadas em seu território, essas alterações refletiram no campo que também precisou reajustar seu calendário anual. Quanto ao impacto climático na produção de soja, Dobashi explicou que a tecnologia contribuiu para a operacionalização do plantio em novembro quando ainda estava extremamente seco. “O início da safra foi bastante seco, o produtor rural com seus equipamentos, com sua estrutura operacional conseguiu minimizar bastante. Ele está bastante preparado, ele conseguiu colocar esta soja  em tempo recorde, bem melhor do que a safra passada. Agora em função mesmo do clima, não por falta, mas por excesso de chuvas – o mês de janeiro registrou  até 500mm em algumas regiões – o produtor não conseguia fazer as suas pulverizações e esse tempo encoberto aliado ao excesso de umidade fez com que a soja atrasasse o seu desenvolvimento, consequentemente atraso em colheita, e atraso em semeadura do milho de segunda safra”.

Nesta semana, a Aprosoja-MS colocou à disposição dos produtores um levantamento referente a comercialização da safra 20/21. O objetivo do levantamento é quantificar o ganho real do produtor. “A Aprosoja, colocou no site toda a comercialização da safra 20/21, desde que ela iniciou no final de 2019, até o mês de fevereiro, dia 20. A gente comparou o percentual comercializado com o preço pago. Hoje, a gente já tem mais de 60% da safra já comercializada. 30% da comercialização, ou 50% do comercializado foi feito nos primeiros dias de fevereiro a preços abaixo de R$ 90 reais, o que perfaz esse preço médio de R$98,87”.

Confira a entrevista completa com André Dobashi aqui: