Boletim confirma 1° óbito por dengue neste ano em MS, vítima era moradora da Capital

Karina Anunciato

No boletim epidemiológico da dengue divulgado nesta quarta-feira (16), foi confirmado o primeiro óbito para a doença em 2022 no Estado. A vítima era uma mulher de 50 anos, moradora de Campo Grande.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), ela começou a apresentar os sintomas no dia 08 de março. Seis dias depois, a paciente foi a óbito no dia 14. Só este ano, conforme o boletim foram notificados 1911 casos prováveis de dengue em Mato Grosso do Sul.

Apesar do óbito confirmado na capital, a cidade está entre os municípios com baixa incidência para a doença no estado, na trigésima posição. As 5 cidades com alta incidência para a doença são: São Gabriel do Oeste, Aparecida do Taboado, Brasilândia, Douradina e Santa Rita do Pardo.

Projeto Wolbachia

Como estratégia para diminuir os casos de dengue e outras arboviroses em Campo Grande, desde 2020 vem sendo desenvolvido na capital o Projeto Wolbachia. 

O projeto consiste na soltura dos wolbitos, como ficou conhecido o mosquito com a wolbachia, para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população destes mosquitos, todos com a bactéria. Quando presente neste mosquito, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dele, contribuindo para redução destas doenças.

Nesta semana (15), com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), o Método Wolbachia, da World Mosquito Program (WMP) deu início a quarta fase do projeto. 

A expectativa nesta etapa é de que sejam liberados 10 milhões de wolbitos. O projeto vai abranger os seguintes bairros: Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Mata do Segredo, Monte Castelo, Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário.