A senadora de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB), não é membro da CPI da Pandemia. No entanto, sua participação como senadora inscrita e líder da bancada feminina, tem garantido a ela o papel de desencadeadora das informações que direcionam as investigações da comissão, especialmente nesta fase em que a CPI investiga as denúncias de esquema de corrupção dentro do Ministério da Saúde.
Nesta terça-feira (06), Tebet se mostrou decisiva mais uma vez ao apresentar erros e inconsistências nos documentos da contratação da vacina Covaxin.
A exposição aconteceu durante a oitiva da servidora do Ministério da Saúde, Regina Célia Silva Oliveira, ela é apontada como a fiscal do contrato para a aquisição da vacina Covaxin. Para os senadores, a servidora explicou que a negociação com a fabricante indiana Bharat Biotech não foi atípica.
Durante as quase sete horas de depoimento, Regina Célia também negou a existência de pagamento antecipado e disse nunca ter sido beneficiada por apadrinhamento político para exercer seu cargo.
No entanto, as explicações da servidora não convenceram alguns senadores que alegaram haver, sim, irregularidades em todo o procedimento de negociação.
Tebet classificou o depoimento como confuso e disse não ter dúvida da existência de um contrato fraudulento e com desvio de finalidade.
Já o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por sua vez, defendeu a necessidade de novo testemunho do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda. Para ele, Miranda mentiu à CPI, conforme documentação encaminhada à comissão. O parlamentar disse que apresentaria requerimento para nova convocação.
Nesta quarta-feira (07), a comissão ouve o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Ele foi exonerado do cargo em junho, depois da denúncia de que teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Dias nega a acusação.
O áudio completo você confere aqui: