Sem resposta, educadores aguardam para segunda-feira nova proposta de reajuste

Karina Anunciato

(Foto: Marcos Ermínio)

Segue indefinida a negociação de reajuste salarial dos profissionais da educação em Campo Grande em 2022. Na reunião marcada para esta sexta-feira (18), a prefeitura da capital não apresentou proposta que contemple a reivindicação da categoria. Então, após a conversa com o prefeito ficou acertado que na segunda-feira (21) o município vai apresentar nova proposta.

Desde janeiro, o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP-MS) vem conversando com a prefeitura sobre o reajuste salarial. No início da semana o município apresentou a proposta de 10% de reajuste escalonado, 5% em maio e mais 5% em dezembro. 

O valor foi rejeitado pela categoria que apresentou uma contraproposta. Os educadores pedem 5% em março, 20,85% em maio e 5% em outubro.

Em entrevista ao Jornal das Sete, desta quinta-feira (17), o presidente da ACP, Lucilio Nobre explicou que o prefeito tem justificado o limite prudencial com gasto de pessoal para não conceder o reajuste, no entanto a resposta tem sido refutada pela categoria.

“Há dois anos sem aumento. O Fundeb que era de R $464 milhões passou para R $667 milhões, mais de 40% de correção sem ter ocorrido nenhum reajuste no piso do município. Então essa conta não bate”.

Paralelamente a negociação com os trabalhadores da educação, a prefeitura anunciou nesta quinta-feira o reajuste salarial anual de 10,06% para cerca de 25 mil servidores de Campo Grande, ativos e inativos.

De acordo com o município, o projeto de lei está sendo concluído pela jurídica da prefeitura e será encaminhado para a Câmara dos Vereadores até terça-feira (22) para apreciação.

Conforme o projeto, 5,03% do reajuste será pago a partir do mês de abril, e o restante em dezembro deste ano, repondo assim completamente a inflação do período.