Secretário critica desobediência às regras contra covid: “As pessoas estão optando por morrer”

Karina Anunciato e Michael Franco

Captura da live no Facebook

O novo surto de covid-19 já é realidade evidente. Durante a apresentação do boletim epidemiológico desta segunda-feira (31), dia em que os números geralmente são mais baixos por conta do fim de semana, foram registrados 1.619 novos casos e 24 óbitos.

A ocupação dos leitos de UTI no estado chega a 104%. São 1.281 sul-mato-grossenses estão internados com a doença, sendo 535 em leitos intensivos.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende criticou a desobediência das regras por parte de um parcela da população, que segundo ele, não valorizam a vida.

“O isolamento social não está acontecendo de fato no Mato Grosso do Sul. Somos um dos estados onde há menor colaboração da população no enfrentamento à covid. Talvez sejamos campeões em desobediência civil. Às vezes as pessoas estão optando por morrer. Eu não acredito que não estejam valorizando suas vidas nem de seus familiares”.

Resende comentou ainda que o principal motivo para o crescimento da taxa de contágio é o desrespeito. “É fruto da opção que a população teve. A maioria optou por fazer aglomerações, principalmente os jovens optaram por fazer festas clandestinas. Uma parcela significativa está deixando de usar as máscaras e as regras elementares do processo de higienização das mãos estão sendo deixados de lado”.

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Municípios

Para tentar conter o avanço da doença, sobretudo nesta semana de feriado, a prefeitura de Bonito decretou lei seca por 14 dias. Além de proibir a venda de bebidas alcoólicas, o prefeito Josmail Rodrigues (PSB) suspendeu todas as atividades que possam causar aglomeração como boates e casas de festa.

Outro município que decidiu endurecer as regras para além do recomendado pelo Programa Prosseguir foi Batayporã. Por lá, a prefeitura decretou toque de recolher às 17h e restringiu o funcionamento das igrejas a quatro vezes por semana, além de proibir a entrada de crianças menores de 12 anos nos templos.