Perda da visão periférica é alerta para o glaucoma

Karina Anunciato e Michael Franco

Cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com a doença no país. (Foto: Reprodução)

O dia 26 de maio é dedicado ao Combate ao Glaucoma no Brasil. A doença que afeta cerca de 3% da população brasileira é causada pela alta pressão ocular e pode levar a perda da visão se não tratada. Em Campo Grande, aproximadamente 15 mil pessoas enfrentam o problema. Luiz Fernando Taranta Martins, oftalmologista e presidente da Associação Sul-matogrossense de Oftalmologia, alerta para os cuidados com a saúde.

Luiz Fernando Taranta Martins, especialista em catarata e glaucoma. (Foto: Assessoria)

“O glaucoma é uma doença que não dá sintoma, então a pessoa não percebe quando está perdendo a visão, é uma doença provocada pelo aumento da pressão ocular. É muito importante que a pessoa realize seus exames de rotina”.

A indicação do oftalmologista, especialmente para as pessoas acima de 40 anos, é de que realize o acompanhamento pelo menos uma vez ao ano, independente se necessita ou não do uso de óculos.

Uma dica importante para identificar o glaucoma é a perda da visão periférica. “A doença vai fechando a visão. Essa visão lateral é que é afetada. Quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas em casa, na lateral, significa que pode haver essa perda da visão periférica que a gente chama de campo visual, que é a nossa visão lateral”.

Tratamento

Como é uma doença progressiva, na qual a alta pressão ocular está permanentemente alterada, pode ser que leve anos até que comece a afetar a visão. Por isso, é possível através de acompanhamento de rotina detectar a doença no estágio inicial.

Assim que é identificada pelo oftalmologista, o tratamento é iniciado. Atualmente existem várias formas de combater a doença, entre as quais o uso de colírios, laser ou cirurgia.

“Uma vez que realizado o diagnóstico é realizado o tratamento. Hoje os tratamentos principais são: uso de colírio, e aqui cabe um parênteses – a secretária de saúde dá esses colírios para pacientes fazerem o tratamento crônico. Muitas vezes o paciente não tem recursos para comprar, então é fornecido; a gente tem o laser que é um procedimento realizado no consultório, é um procedimento simples e rápido; e a cirurgia. Muita gente acha que não se opera o glaucoma, mas isso felizmente mudou muito nos últimos anos, e hoje a gente tem mais de 10 tipos de cirurgias para tratar”. 

A entrevista completa com Luiz Fernando Taranta Martins, você confere aqui: