Jornal das Sete: “Dezembrite” conheça a síndrome depressiva de fim de ano

Hoje, dia 20 de dezembro, no quadro “ Se olhe e se cuide”, recebemos a psiquiatra Dra. Gislayne Budib Poleto para falar sobre “Dezembrite”,  conhecida como depressão de fim de ano ou síndrome do fim do ano. A “dezembrite” é classificada pelos profissionais da saúde mental como um Transtorno Afetivo Sazonal (TAS).

Apesar de ser considerada como algo passageiro, se não diagnosticada e tratada corretamente, pode evoluir e se tornar um transtorno recorrente, causando sofrimento ao indivíduo. A “dezembrite” pode, inclusive, levar o indivíduo a desenvolver ideação suicida, Dra Gislayne Budid lembra que Mato Grosso do Sul é o quarto estado no Brasil com maior taxa suicídio, com 10,3 casos a cada

100 mil habitantes.

É preciso buscar o auxílio especializado para aliviar esse sofrimento psíquico e direcionar as emoções para comportamentos mais saudáveis. Vale ressaltar que a depressão e o transtorno de ansiedade não escolhem idade, gênero, condição social e nem nível intelectual. São doenças que precisam de tratamento e apoio psicológico e psiquiátrico adequados.

O aumento da ansiedade e da depressão pós Covid-19

A dra. Gislayne Budib Poleto também explicou sobre depressão e ansiedade, a diferença entre as doenças e se é possível um mesmo indivíduo possuir as duas, e como a epidemia da Covid-19, mediante ao isolamento social, agravou o surgimento de tais doenças. 

Ansiedade e depressão são doenças comuns e presentes em uma grande parcela da população. Os transtornos podem afetar a saúde física e mental, causando mudanças negativas e preocupantes na vida de uma pessoa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem de depressão no mundo hoje, e os casos aumentaram significativamente com a pandemia da covid-19.

 

Final de ano e o aumento da violência doméstica 

Casos de violência doméstica aumentam nas festas de fim de ano, a psiquiatra Dra. Gislayne explicou que a agressividade e violência são potencializadas pelo uso do álcool e das drogas com as festividades de final de ano.