Investimentos em captação de água garantem fornecimento na capital em período de estiagem

Karina Anunciato e Michael Franco

Novos poços vão garantir aumento de 20% do fornecimento (Foto: AG)

Nesta segunda-feira (21), o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu situação de emergência em 17 cidades brasileiras que foram afetadas por desastres naturais. A maior parte devido a seca e a estiagem. Em Mato Grosso do Sul o único município que entrou na lista foi Deodápolis. Embora a Campo Grande não tenha sido listada pelo MDR, a iminência de uma crise hídrica nos próximos meses, considerados os mais quentes e secos no estado, já preocupa quem vive com o racionamento dos serviços essenciais nesta época do ano.

Gabriel Buim, diretor-executivo da Águas Guariroba (Foto: Assessoria)

Em Campo Grande, investimentos em captação devem garantir a continuidade do fornecimento. A afirmação é do diretor-executivo da concessionária Águas Guariroba, Gabriel Buim, responsável pelo abastecimento e distribuição de água na capital.

“Há tempos a empresa vem realizando investimento focado na ampliação de produção de água. Este ano, estamos investindo 50 milhões de reais para a perfuração de novos poços, dos quais de 9 poços, três já foram finalizados – no Taveirópolis, no Parque dos Poderes e um no Universitário. Outros três finalizam ainda este mês: no bairro Caiobá, Pioneiros e no Nova Lima; e em julho mais três serão finalizados: no São Conrado, Coophavilla II e também no Lageado. Será um incremento de vazão de 1 milhão e 700 mil litros de água/por hora para a cidade. Um aumento de 20% da produção de água da capital”.

Outra característica no fornecimento de água de Campo Grande que contribui para a manutenção do serviço é a origem do recurso. Hoje 50% da água que abastece a cidade vem do manancial do Guariroba. A fonte não sofre com a falta de chuvas. Outros 20% do abastecimento vem do manancial Lageado, este sofre com a estiagem chegando a perder vazão nesta época do ano. O restante, vem de poços considerados fonte perene de fornecimento, isso porque a captação da água vem diretamente do Aquífero Guarani.

A entrevista com Gabriel Buim, você confere aqui: