Iminência de greve do transporte coletivo, prefeitura busca alternativa para evitar paralisação

Karina Anunciato

Está prevista para a proxima sexta-feira paralisação dos trabalhadores (Foto: Henrique Kawaminami)

Nesta terça-feira (04), o prefeito Marquinhos Trad confirmou que está estudando uma alternativa para compensar as perdas econômicas do serviço de transporte público na capital e evitar a greve anunciada pelos trabalhadores na última segunda-feira (03). 

Entre as alternativas apresentadas estão o afunilamento do grupo que tem direito à gratuidade no transporte público custeada pelo município e a retirada do Imposto sobre Serviço (ISS).

“A nossa vontade de pagar pelos nossos alunos da rede municipal, a gente admite pagar as pessoas com deficiência, nós admitimos pagar as pessoas com gratuidade de câncer, ostomizados e renais crônicos; e a gente admite para não elevar a tarifa até mesmo retirar a tarifa dos 5% do ISS que viria para os cofres do município”.   

No entanto, para a retirada do ISS será necessário apresentar um projeto de lei que deve ser votado na Câmara Municipal. Os vereadores estão em recesso parlamentar e só voltam à atividade em fevereiro.

Ainda em busca de outras soluções para o pagamento da gratuidade no transporte em Campo Grande, Marquinhos falou sobre a necessidade de chamar a responsabilidade do governo do estado e cobrar atitudes concretas.

“Tudo que for preciso a prefeitura fazer para não elevar a tarifa e não ter a greve nós vamos fazer. Se o Estado fizer como outros estados já fizeram isentar o ICMS apenas para o transporte coletivo está decidida a questão. Muitos estados fizeram isso. Ou vamos imaginar o estado pagar a gratuidade da rede estadual, como muitos estados também já fizeram, então não depende apenas da prefeitura. Agora é suficiente a parte da prefeitura para não aumentar a tarifa? Não é. Só o óleo diesel subiu 50% ”.

O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Campo Grande reivindica o reajuste salarial. Está marcada para a próxima sexta-feira (07) uma paralisação da categoria. Ao todo são 1.000 trabalhadores entre motoristas e administrativos que vão cruzar os braços. Após o anúncio de greve ficou definido que 30% dos trabalhadores do transporte coletivo continuarão realizando o serviço para atender os profissionais da saúde.