Entre os líderes nas pesquisas, Puccinelli afirma que não tem impedimento legal e que é ficha limpa

Karina Anunciato

(Foto: Reprodução)

Ele já foi prefeito de Campo Grande e governador de Mato Grosso do Sul, por duas vezes. Este ano, André Puccinelli (MDB) já se colocou à disposição para a disputa das eleições de 2022 e seu nome tem despontado nas pesquisas de intenção de votos em um confronto direto com Marquinhos Trad (PSD).

Em entrevista ao Jornal das Sete desta terça-feira (15), Puccinelli analisou o cenário político de polarização e falou sobre as mudanças das regras eleitorais para o pleito deste ano. Uma das alterações, a da federalização partidária, pode ter impacto direto nas candidaturas regionais, já que uma aproximação com o União Brasil deve colocar o nome de André Puccinelli e Rose Modesto na arena interna de discussão. Sobre esta possibilidade, Puccinelli explicou que são estabelecidas regras para a escolha do nome.

André Puccinelli em revista a tropa da Policia Militar na posse como governador em 2011 (Foto: Rachid Waqued)

“Serão estabelecidas regras, regulamentos para a escolha. Quando você tem dois ou três candidatos, vamos dizer que federalize três partidos. Aí cada um tem o seu candidato, haveria critérios. Eu ouso dizer um, a intenção de votos – quem teria mais condições de chegar ao governo dentre os três eventuais candidatos – é o que provavelmente será escolhido. E neste aspecto nós não temos problema nenhum com a deputada federal Rose Modesto em decorrência do fato de  termos amizade com ela desde quando criancinha, desde quando fomos prefeito. Então ela começou conosco, criou asas por méritos próprios. Inclusive na federalização – se ela se concretizar, nada impede dela continuar como deputada federal, ou vice, senadora ou mesmo governadora. Mas critérios serão estabelecidos. Caso a federalização se concretize e fosse hoje, como a gente está liderando nas pesquisas com larga vantagem, provavelmente seria eu o candidato ao governo e ela a deputada, ou a vice, ou outra função”.

Ainda sobre a composição da chapa, André disse que é cedo para a escolha do vice e que tem visto de forma precipitada – por parte dos adversários o anúncio deste nome.

“Quais são as características de um bom vice? É aquele que pretende trabalhar tanto quanto o titular para o Estado do Mato Grosso do Sul. Trabalhar com amor, com dedicação, com muito trabalho, muita fé. Por tanto, o vice tem que estar olhando para o futuro de Mato Grosso do Sul como o titular, querendo trabalhar, querendo fazer, auxiliando, essas são as características do vice. E se nós escolhermos, mesmo que alguns anunciem antecipadamente, vou escolher por volta de junho, julho, por aí”.

Nos últimos anos, Puccinelli teve seu nome envolvido na Operação “Lama Asfáltica”, que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, peculato (desvio de dinheiro público), organização criminosa, entre outros. Em dezembro do ano passado, uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-3) suspendeu os processos e afastou o juiz do caso devido a ilegalidades na condução da operação.

Sobre esta situação, André disse que embora não apague seu sofrimento e o da família, a decisão estabelece a verdade. “Esta situação aconteceu apenas para me tirar da disputa política da última eleição. Não tenho condenação e que não tem nenhum impedimento legal, sou ficha limpa”.

A entrevista completa com André Puccinelli você confere aqui: