Eleições 2022: Juiz Odilon aposta em parceria com países de fronteira para combater o crime

Luiz Flávio Viégas Amorim, com supervisão de Karina Anunciato

De acordo com o candidato ao Senado, é necessário reduzir a idade profissional de 16 para 14 anos (Foto: Renan Sales)

Chegando na reta final da campanha eleitoral 2022, o Jornal das Sete conversou nesta quarta-feira (28) conversou com mais um candidato ao Senado. O entrevistado do dia foi o Juiz Odilon, candidato do PSD. Ele, que foi juiz federal conhecido pelo combate ao crime organizado, falou sobre sua trajetória profissional e seus projetos para o mandato no Senado.

(Foto: Karina Anunciato)

Pernambucano de nascença, Odilon vive na região Centro-Oeste desde a década de 1950, quando o estado ainda era um só com o Mato Grosso. Mais tarde, fixou residência em  Mato Grosso do Sul. Aqui constituiu família e adotou o estado como seu. Experiente no combate ao tráfico e conhecedor dos crimes transfronteiriços, o juiz aposentado ressaltou a necessidade de ampliar o efetivo da polícia militar e das parcerias com os países vizinhos. 

“Deve-se estruturar melhor a polícia de Mato Grosso do Sul, de 5 mil (atual) para 7 mil (policiais), ocorrer um trabalho bi-lateral em parceria com Paraguai e Bolívia, por serem países de passagem para drogas e armamentos”. 

Ainda falando sobre o assunto, Odilon fez uma análise completa sobre segurança. Para ele existem fatores sociais que implicam nos indicativos de combate aos crimes.

“A segurança pública apresenta inúmeros defeitos, porque muitas coisas que não são da autoridade policial acabam sendo empurradas para a polícia e quem deve atuar nesse tipo de serviço é quem entende da geopolítica da segurança pública”.

Embora seja especialista da justiça, o Juiz Odilon explicou que não é um candidato de bandeira única e sugeriu alterações constitucionais sobre o emprego. De acordo com o candidato ao Senado, é necessário reduzir a idade profissional de 16 para 14 anos. Para ele, além de contribuir com a renda familiar, a ação deve reduzir a criminalidade e tirar crianças de um estado de vulnerabilidade. 

Acompanhando o cenário econômico em todo o país, Odilon falou sobre insegurança alimentar. Sobre o tema, o candidato declarou que é inaceitável em um estado rico, como o nosso, não dar a devida atenção à agricultura familiar.

“A fome é crescente no Brasil, são mais de 33 milhões de pessoas passando fome e mesmo nosso Estado sendo riquíssimo na exportação de mercadorias, ocorre uma grande contradição, muitas pessoas passam fome, sendo assim, quem é rico ficou mais rico, o grande descuidado com a agricultura familiar é um dos grandes responsáveis por isso”.

Ligado ao assunto da fome, Odilon citou as aldeias indígenas. Para ele, o assunto é complexo e exige uma alteração mais profunda na forma como esta pauta é enfrentada. Além da garantia da segurança alimentar, com distribuição de cestas básicas, é preciso a valorização da propriedade, treinamento e levantamento histórico da terra. 

“Só existe um caminho para acabar os conflitos, que não geram só a morte dos povos naturais, mas também uma desvalorização da propriedade rural, atingindo a economia do Estado, o jeito é alterar a constituição federal permitindo a indenização cabal completa daqueles que estão ocupando as áreas indígenas, fazendo uma perícia chamada Histórico Antropológica para verificação dos antecedentes da terra”. 

Afirmando estar pronto para o trabalho, o Juiz Odilon garantiu que deseja ‘ser um senador do povo’, e não só de todos os segmentos da sociedade, mas também do Estado’.

A entrevista completa com o Juiz Odilon, você confere aqui: