Dia da Mulher: 60 anos de magistério, professora viveu a transformação do mercado de trabalho

Karina Anunciato

Ela é uma das referências quando o assunto é educação em Mato Grosso do Sul. Com experiência em todas as etapas de formação, da educação infantil à pós-graduação, a professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Local e do curso de História da UCDB, Dra. Maria Augusta de Castilho é uma das homenageadas na Semana da Mulher da FM Educativa UCDB.

Com 60 anos de magistério, em entrevista ao Jornal das Sete, a professora lembrou de histórias, dos desafios, e das vitórias de quem acredita na transformação através da educação.

A exemplo de muitas mulheres, Maria Augusta contou que enfrentou o desafio da tripla jornada: casa, filhos e o trabalho como professora. Para ela que viveu a transformação do mercado de trabalho e da sociedade para a mulher, muita coisa já mudou.

“A dificuldade é você ter 40 horas semanais na sala de aula, você ter três filhos e dar conta, e ainda administrar a casa. No período em que eu me casei, a mulher é que tinha que fazer tudo. O homem chegava e estava tudo pronto. Então é um desafio muito grande. Quando você tem que dar muitas aulas, você gasta muito tempo preparando a fim de que você deixe a aula interessante e o aluno se sinta estimulado para o conhecimento”.

A trajetória na educação começou em 1962, quando Maria Augusta se formou como professora normalista. Desta época, ela lembrou da alfabetização e da educação seriada na escola rural. Neste período ela lecionou para alunos de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série numa única sala de aula. Mais tarde, ingressou na universidade em Bauru, interior de São Paulo. Mudou-se para Campo Grande trabalhou como professora na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes. Na sequência se mudou para Aquidauana, onde deu aula na universidade. Mudou para o Espírito Santo, lá trabalhou na Escola Técnica Federal em Vitória. Voltou para Campo Grande, foi para a UFMS e depois para a UCDB, onde permanece até hoje.

“A educação salesiana para mim está muito presente. Mesmo porque quando fui me formar no magistério eu comecei no jardim da infância, com as irmãs do Sagrado Coração de Jesus, que hoje a gente tem a Santa Madre Paulina. Então a educação para mim foi voltada para Cristo, foi voltada para essa religiosidade, onde a gente tem que ter cooperação junto com os alunos e acho que isso que deu a minha marca”.

A entrevista completa com Maria Augusta de Castilho, você confere aqui: