Com recorde no número de jovens eleitores em 2022, neurocientista alerta ‘aos 16 anos jovens são impulsos e uma emoção é dominante’

Karina Anunciato

Este ano, o país bateu recorde no número de novos eleitores inscritos para tirar o título eleitoral. Conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foram registradas mais de 2 milhões de habilitações de jovens com idade entre 16 a 18 anos. Mas será que essa moçada está preparada para votar? Do ponto de vista neurológico, o neurocientista e psicólogo, Fabiano de Abreu, disse que não.

Neurocientista e psicólogo, Fabiano de Abreu (Foto: Divulgação)

Segundo o especialista, nesta idade nem todas as conexões neurais estão completas, além disso este é um público que vive o período da emancipação.

“Com base na neurociência, e também na psicologia, o jovem de 16 anos ele ainda não tem a região da inteligência totalmente formada e também está numa fase muito nova e muito prematura do desenvolvimento da parte frontal do cérebro no sentido de que a gente termina de forma esta região até os 30 anos de idade. Com 20 anos ela está melhor desenvolvida do que com 16 anos. Então com 16 anos é onde você tem uma impulsividade, uma emoção muito mais dominante. Não existe essa racionalidade, não existe essa coerência. Também não só com base na própria inteligência, mas também porque é uma fase de transição, é uma fase que o jovem está batendo de frente com os adultos para mostrar que é independente, é a fase de tentativa de emancipação”.        

Diferente daquilo que é praticado mundo afora, inclusive no brasil, para Abreu a melhor idade para iniciar o voto seria os 20 anos.

“Eu iria brigar com o mundo todo, a idade correta para o cérebro seria os 20 anos de idade. E não somente isso, o voto não deveria ser obrigatório, porque vota quem tem consciência”.

A entrevista completa com Fabiano de Abreu você confere aqui: