Com número limitado de alunos e diferencial de entrada e saída, Escolas Estaduais retomam atividades presenciais

Karina Anunciato e Michael Franco

As aulas na Rede Estadual serão retomadas de forma hibrida a partir de segunda-feira (02). (Foto: Edemir Rodrigues)

Na próxima segunda-feira (02) serão retomadas as atividades presenciais nas escolas da Rede Estadual de Ensino (REE). Mais de 200 mil estudantes serão divididos em turmas híbridas, com parte da turma presencial e outra parcela com atividades remotas, em casa.

Em relação a quantidade de alunos em sala de aula, nesta semana, a Secretaria Estadual de Educação (SED) anunciou que as escolas obedecerão as bandeiras do Programa Prosseguir nos municípios. Os percentuais permitidos no presencial serão atualizados quinzenalmente.

Uma outra preocupação é a aglomeração de alunos em outras infraestruturas, além da escola, como é o caso do transporte coletivo. Para minizar esta situação, alunos das escolas Hércules Maymone e Joaquim Murtinho, que representam 25% do total de passe de estudante em Campo Grande, terão uma pequena alteração no horário de entrada e saída.

Hélio Daher, Superintendente de Políticas Educacionais, em entrevista ao Jornal das Sete (30), explicou que após 1 ano e meio fora da sala de aula o retorno foi organizado respeitando o protocolo de volta às aulas preparado desde o ano passado.

Hélio Daher, Superintendente de Política Educacionais (Foto: Assessoria)

“Esse protocolo tem 4 eixos norteadores e um deles, que é muito importante, é o de biossegurança. Ele prevê uma série de regramentos, que já são previstos para outros estabelecimentos, e a educação tem que seguir com alguns adicionais como: distanciamento dentro de sala de aula, número reduzido de estudantes em sala e a novidade que vamos seguir as bandeiras do Prosseguir que definem a quantidade de estudantes – a porcentagem, que pode ser alterado a cada vez que é mudada a bandeira”.

Daher destacou que esta orientação, de seguir a bandeira do Prosseguir, contribui para que o retorno acompanhe a evolução do quadro da pandemia em cada cidade. “Isso é importante para a família ficar mais tranquila em saber que a escola vai sempre acompanhar o ritmo que a pandemia está naquele município. Se aperta vai menos estudantes, se melhora pode ir um pouco mais. É importante que a escola garanta a segurança para que a família possa confiar novamente na escola”.

Quanto à polêmica decisão de que os alunos serão obrigados a comparecer à sala de aula, o superintendente esclareceu que é importante a participação das atividades presenciais com o objetivo de privilegiar a qualidade do ensino oferecido na escola. No entanto, Daher ponderou que esta situação respeitará a individualidade. Aquele estudante, que pertencer a grupo de risco, ou que apresentar distúrbio psicológico será, com a devida justificativa, mantido no ensino remoto. 

“A Secretaria de Educação e a própria escola não podem aceitar que o estudante não retorne para o modelo presencial e escalonado sem justificativa. A gente tem que entender o porquê aquele aluno não está retornando até para que a gente possa agilizar com ele uma iniciativa dentro do socioemocional, um trabalho de fortalecimento daquela família que está com receio, que está com pavor, então a gente precisa abraçar aquela família que está necessitando”.

A entrevista completa com Hélio Daher, você confere aqui: