Visado por golpistas, Procon/MS ‘defende’ o Pix

Karina Anunciato e Michael Franco

Para evitar golpes do Pix no Whatsapp, Salomão orienta que o usuário use o aplicativo com duas etapas de acesso (Ilustração: Thiago Prudencio)

Desde o seu lançamento, o Pix caiu no gosto dos usuários devido a agilidade de compensação – instantânea – e custo zero. No entanto, o novo queridinho das transações financeiras também enfrenta a criatividade dos estelionatários em busca de vítimas para golpes.

Marcelo Salomão, Superintendente do Procon/MS (Foto: Portal MS)

Na última semana, preocupado com o aumento do número de golpes através do Pix, o Procon de São Paulo solicitou a suspensão da ferramenta até que o Banco Central apresente melhoras significativas para a segurança do consumidor. No entanto, aqui no estado, o Superintendente do Procon/MS defendeu o recurso.
“Recentemente a Fundação São Paulo se manifestou contrária ao Pix, mas Mato Grosso do Sul não é contrário. É uma ferramenta importante para o consumidor, além de ser gratuita. Antigamente para se fazer um pagamento ou uma transferência bancária havia necessidade de pagar uma tarifa para o banco. Com o Pix não, nós podemos fazer a transação na hora, sem custo para o consumidor. O problema é que os estelionatários também se aperfeiçoam para furtar, roubar o dinheiro dos consumidores e aí a importância de ter uma segurança com relação a essa ferramenta”.
Para evitar golpes do Pix no WhatsApp, por exemplo, Salomão orienta que o usuário use o aplicativo com duas etapas de acesso. Além disso, é necessário ficar atento aos links enviados em mensagens e em hipótese nenhuma baixe qualquer programa através dessas informações que carregam consigo vírus embarcado.
“Tem uma mensagem de ‘Pix Agendado’ usando a marca de uma instituição financeira. Não existe ‘Pix Agendado’, ele é instantâneo. Nesta mensagem tem vírus”.
Salomão lembrou ainda que no final de agosto, o Banco Central anunciou uma atualização do serviço com limite de transferência de R$1.000 no período noturno, entre 20h e 6h. Esta é uma das estratégias adotadas pelo banco para coibir os golpes e as fraudes.
Também, os bancos e outras instituições financeiras agora têm o prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivar o pedido do usuário para aumentar o limite de transações por Pix, boleto, TEDs e DOCs e cartão de débito. A medida coibe o chamado sequestro relâmpago.

A entrevista completa com Marcelo Salomão, você confere aqui: