A educação como ferramenta de transformação da sociedade. Com este objetivo o Curso de Direito da UCDB, lança nesta quarta-feira (04) a Liga Feminina do Direito. A ação visa fomentar o diálogo entre os profissionais da área com a comunidade acadêmica.
O movimento nasceu da observação do coordenador de Direito da Católica, Luiz André de Carvalho Macena. Ele explicou que a percepção da maior parte da presença feminina nos espaços acadêmicos muitas vezes não é traduzido nos postos de trabalho.
‘Este é um debate antigo, essa luta das mulheres para conquistar um espaço de igualdade nas carreiras jurídicas no mercado de trabalho em si. Se a gente buscar com base em números nós temos 51% da população brasileira é representada por mulheres e 48,2% representado por homens, então as mulheres são maioria. Não é diferente quando eu entro em sala de aula, quando eu ando pelos corredores lotados da UCDB e vejo que a maior parte dos nossos acadêmicos, são acadêmicas que estão em busca da sua capacitação profissional. Aí complementando com números, 14% das mulheres se formam têm ensino superior, contra 10,8% dos homens. Então as mulheres têm mais acesso ao curso superior, tem mais acesso a qualificação profissional só que quando a gente olha para ao mercado de trabalho, a gente não consegue identificar exatamente a representatividade das mulheres nestes espaços. A partir deste momento analisando, e particularmente olhando as mulheres que me cercam no dia a dia vejo as dificuldades que elas enfrentam para poder ter a sua dupla, a sua tripla jornada. Certamente isso faz despertar em nós a necessidade de orientarmos as nossas acadêmicas, de refletirmos sobre a temática, jogarmos luz sobre este assunto”.
Para Ana Cristina Medeiros, professora da UCDB e integrante da Liga, destacou que a iniciativa é fundamental para a reflexão da representatividade feminina nas carreiras jurídicas, que historicamente são compostas por homens.
“Das 5 cortes superiores apenas a do TST (Tribunal Superior do Trabalho) é presidida por uma mulher. Dos 5 TRFs (Tribunal Regional Federal) apenas o da 3ª Região tem uma mulher na presidência, que é nosso. Dos tribunais de justiça, somente 5, dos 27 têm mulheres na presidência, então dentro da área jurídica a corte do trabalho é o que mais tem mulheres no comando. Dos 24, 11 são presididos por mulheres, o que representa 45%. Então em algumas áreas a gente já está quase chegando na paridade.
Compõem o grupo da Liga Feminina do Direito, Fazendo parte da Ana Cristina Medeiros, Maira Nunes Farias Portugal Da Silva e Laryssa Wolff, além de duas acadêmicas Kamila Zaher (presidente do Diretório Acadêmico Clóvis Beviláqua) e Emylli Albuquerque (presidente da Atlética). O lançamento da ação será nesta quarta-feira (04), às 9h, no Pátio UCDB. Participará do evento, a advogada Cristiane Damasceno – presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA).
A entrevista completa com os professores de Direito da UCDB você confere aqui: