Semana da Mulher: ‘Feminicídio é crime de ódio’ avalia defensora pública

Karina Anunciato

Em pouco mais de 2 meses, 11 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso do Sul por seus companheiros, em 2022. (Foto: Divulgação)

Nesta semana dedicada à reflexão ao Dia Internacional da Mulher (08), Mato Grosso do Sul contabiliza alguns dos maiores números da violência contra a mulher do país. Só em 2022, já foram registrados 11 casos de feminicídios no estado. Além disso, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última segunda-feira (07), Mato Grosso do Sul é o terceiro estado com maior taxa percentual de feminicído em 2021, ficando atrás apenas de Acre e Tocantins.

Thaís Dominato, Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher (Foto: Assessoria)

Thaís Dominato, defensora pública, Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher disse em entrevista ao Jornal das Sete que isso é reflexo do comportamento social machista que enxerga a mulher como um objeto de posse.

“O machismo da sociedade desconsidera a mulher como sujeito de direitos, menospreza e provoca toda essa violência. O feminicídio é um crime de ódio. É um crime que demonstra uma relação de posse em relação ao corpo da mulher e a gente tem sempre que lembrar que o feminicídio é o ato do ápice da violência, mas não é um ato isolado, ele começa lá atrás”.   

Sobre quem pode ser atendido pela Defensoria Pública (DPMS), órgão responsável pela defesa da população hipossuficiente, pessoa que não tem condições financeiras de arcar com as despesas com um advogado, Dominato explicou que em se tratando de crime contra a mulher, num primeiro atendimento de urgência, a vítima pode ser atendida pela defensoria. No caso de haver partilha de bens ou outros serviços que extrapolam a responsabilidade do órgão, será prestada a orientação para a busca do serviço em outra esfera. 

Quem precisar de atendimento da Coordenadoria do Núcleo de Defesa da Mulher, pode buscar o serviço por quatro meios principais, são eles: na sede, na Avenida Afonso Pena, 3850; na Casa da Mulher Brasileira; no site da Defensoria Pública, ou ainda através do número 3313-4918.

A entrevista completa com Thaís Dominato você confere aqui: