Plano de contingencia estabelece ações de enfrentamento à Monkeypox na Capital

Ariovaldo Nascimento, com supervisão de Karina Anunciato

Para enfrentar o crescente número de casos confirmados da Varíola dos Macacos, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) estabeleceu na última semana o Plano de Contingência Municipal para Infecção Humana da Monkeypox. O documento apresenta informações estratégicas, orientações epidemiológicas, competências assistenciais e laboratoriais para os servidores que trabalham na área dos casos da doença no Município.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, destacou em entrevista para o Jornal das Sete que a transmissão da doença é através do contato direto com a pessoa infectada.

“Diferentemente da Covid-19 onde a transmissão é muito rápida por gotícula respiratória, a Monkeypox precisa de um contato mais intenso, por isso o contato íntimo é mais evidente, não é simplesmente conversar com uma pessoa que está com a doença. A gente precisa de um contato muito próximo, um contato com a ferida, por beijos ou por relação sexual. Por isso é muito importante que as pessoas que vivem com os infectados precisam ter cuidados”.

Veruska Lahdo, Superintendente de Vigilância em Saúde (Foto: Karina Anunciato)

Para ser considerado um caso suspeito, de acordo com o Ministério da Saúde, o paciente deve apresentar sintomas como bolhas na pele, febre alta acima de 38,5 graus, linfonodos inchados, dor de cabeça, dores nos músculos e no corpo, dores nas costas e fraqueza profunda.

A superintendente alerta ainda que em caso de suspeita da Monkeypox o paciente deve ligar para o Teleatendimento da capital. “O teleorientação foi criada na época da COVD-19, ele ajudou bastante a população que criou o hábito de ligar. Temos profissionais que podem orientar os pacientes e indicar para a unidade correta. O profissional vai saber identificar se é um caso suspeito ou não, fazendo uma série de perguntas para tentar verificar se é um caso de Monkeypox”.

Para dar assistência aos pacientes foram estabelecidas setes unidades sentinelas que poderam fazer coletas de exames, são elas:

Distrito Anhanduizinho USF Botafogo

Distrito Bandeira USF Tiradentes

Distrito Centro UBS 26 de Agosto

Distrito Imbirussu USF Ana Maria do Couto

Distrito Lagoa USF Batistão

Distrito Prosa USF Mata do Jacinto

Distrito Segredo USF Vida Nova

Entrevista no estúdio da FM Educativa UCDB (Foto: Renan Sales)

As 72 unidades de Saúde Básica e Saúde da Família também podem orientar e fazer o acolhimento do paciente suspeito da doença. Em caso de dúvida o  número do teleatendimento é (67) 2020-2170. O serviço funciona diariamente das 7h às 19h.

A entrevista completa com Veruska Lahdo, você confere aqui: