Tradicionalmente, o mês de outubro é dedicado à Campanha Nacional de Vacinação, celebrado no dia 17. Neste mês, famílias com crianças de 0 a menores de 15 anos devem atualizar a caderneta de vacina em um dos postos de saúde do país. São mais de 15 imunizantes disponíveis para esta faixa etária. Alberto Jorge Félix Costa, pediatra cooperado da Unimed Campo Grande, em entrevista ao Jornal das Sete, explicou que para cada etapa da vida há um imunizante específico.
“Em todas as faixas etárias há uma vacina específica. Então tem a vacina da criança, do adolescente, do adulto jovem, do idoso, da gestante, todos esses grupos devem ficar atentos e manter a sua carteira de vacinação em dia”.
Passados mais de 200 anos desde que a primeira vacina foi aplicada no mundo, a da varíola, a imunização da população tem demonstrado saldo positivo da ciência em busca de proteção. O médico ressaltou que o estudo, a pesquisa e a tecnologia do uso das vacinas, inclusive tendo papel fundamental no aumento da expectativa de vida da população. Quanto às tecnologias utilizadas no desenvolvimento das vacinas, Costa explicou que os imunizantes usam plataformas diferentes, uma das mais comuns é a do vírus inativado.
“O vírus é morto e é introduzido no nosso organismo. A partir daí o organismo reage ao vírus morto como uma substância estranha e começa a produzir anticorpos, que é uma defesa natural”.
Pediatra, o médico frisou ainda que graças à imunização das crianças, hoje não se vê mais as consequências da poliomielite, responsável pela paralisia dos membros inferiores e nem formas graves de doenças preveníveis por vacinação.
“Há três, quatro décadas as crianças eram muito acometidas de uma bactéria chamada ‘Haemophilus influenzae’ que causava principalmente pneumonias graves e meningites. Aí instituiu-se a vacina contra o haemophilus e reduziu de uma maneira drástica a doença. Hoje os médicos jovens, os estudantes de medicina quase não veem mais as doenças graves por este vírus, graças a vacinação efetiva. Tem também a poliomielite que acometia as crianças com paralisia grave, entre outras doenças”.
A Campanha de Multivacinação segue até o dia 29 de outubro em todo o Brasil.
A entrevista completa com Alberto Jorge Félix Costa, você confere aqui: