Ministério da Saúde deve encaminhar vacinas da Janssen até amanhã

Karina Anunciato

O horário de chegada do carregamento com imunizantes a MS ainda não foi divulgado (Foto-Saul-Schramm)

200.200 doses da vacina Janssen devem ser entregues ao Estado entre esta terça e quarta-feira (08). Os imunizantes serão destinados a aplicação da dose de reforço para quem já tomou a vacina em Mato Grosso do Sul (MS).

Como a quantidade de doses é menor do que a quantidade de necessária – ao todo 237 mil doses – as vacinas serão aplicadas de acordo com prioridades. Primeiro receberão a vacina moradores da fronteira, pessoas com 18 anos ou mais e moradores de rua dos demais 66 municípios.

Ainda das 200.200 doses, 175.650 serão destinadas a região de fronteira; 1.150 para população de rua; e 22.400 para maiores de 18 anos. Devido ao estudo de imunização realizado pelo Ministério da Saúde na faixa de fronteira, MS é um dos estados que deve ter prioridade no recebimento de novas doses da Janssen.

O estudo de vacinação em massa foi desenvolvido entre os meses de julho a agosto deste ano, o que possibilitou a imunização da população dos 13 municípios que fazem divisa com o Paraguai e a Bolívia. O horário de chegada do carregamento com imunizantes a MS ainda não foi divulgado. 

Ato solidário

Com estoque de vacinas contra a covid-19 no estado, e com quase toda a população vacinada, ou pelo menos a parte que queria se imunizar protegida, nesta segunda-feira (06) na live da saúde, o secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende anunciou que solicitou ao Ministério da Saúde para avaliar a possibilidade de um gesto solidário com os países da América do Sul que ainda não conseguiram imunizar sua população.

De acordo com Resende a estratégia imunológica só será efetiva se populações vizinhas também estiverem protegidas.

“Estamos fazendo um apelo ao Ministério da Saúde, temos vacinas em quantidade, razoável, hoje há sobra de vacina. Há sobra no Ministério da Saúde, há sobra nos estados, há sobra nos municípios, e aí um gesto humanitário neste momento seria importante nós ajudarmos a imunizar os habitantes, irmãos, do Paraguai e da Bolívia. Aqui para nós será de suma importância. Não adianta nos termos 100% da população imunizada em Ponta Porã, se em Pedro Juan Caballero (PY), que é a cidade ao lado, se lá nós temos 35, 40 ou 50% da população (vacinada) que é um quantitativo de pessoas que poderão continuar, permanecer contaminando e logicamente a doença não vai cessar. Então uma ajuda humanitária do Brasil para os países da América Latina e aqui falamos a respeito do Mato Grosso do Sul será de suma importância”.

Quanto à variante ômicron, Resende destacou o comportamento do vírus nos casos confirmados, nos quais todos estavam imunizados.

“Essa mutação ela não tem um caráter muito severo, ou seja nas pessoas imunizadas ela está cursando em casos mais leves, felizmente. Porque se não nós teríamos de fato um agravo na pandemia em todo o mundo. Mas é importante a gente seguir, vamos verificar os estudos que estão sendo feitos e até agora os indicativos é de que ela não tem essa maior agressividade como alguns aventaram. Ela pode até ser mais contagiosa, mas não tem nem letalidade, nem agressividade muito grande”.