Cientista da UCDB é um dos 100 mil pesquisadores mais influentes do mundo

Karina Anunciato

A publicação que colocou Octávio Franco entre os 100 mil pesquisadores mais influentes do mundo é do Journal Plos Biology, da Universidade de Stanford, Estados Unidos (Foto: UCDB)

Ele chegou ao estúdio da FM UCDB com um sorriso no rosto, fala descontraída e vestindo jeans e camisa. Por trás do comportamento simples, um dos 100 mil pesquisadores mais influentes do mundo, Octávio Luiz Franco. Doutor em Ciências Biológicas, ele atualmente ministra aulas no Programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia da UCDB, é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Bioinspir, com sede na Católica e desenvolve cerca de 20 pesquisas de produção de medicamentos de uso veterinário. Mesmo com a rotina corrida, de cerca de 12 horas de dedicação ao trabalho, Franco abriu um espaço na agenda e bateu um papo sobre ciência, pesquisa e educação no Jornal das Sete desta quinta-feira (09).

Octávio Franco, professor da UCDB (Foto: Assessoria)

Desmistificando o estereótipo de cientista, Octávio entregou que na vida escolar ‘nem era tão aplicado’.

“Eu falo para os meninos que eu não era um excelente aluno. Eu era um aluno mais ou menos, entendeu… (risos) então eu não estudava muito, eu acho que era inteligente, não estudava muito, e eu gostava das outras coisas. Sempre gostei de farrear, de passear e coisa e tal… me tornei cientista, mas nunca deixei o outro lado. Tenho os meus hobbys, mexo com cavalo, com fotografia, sou pai solteiro, então a minha vida é completa com a ciência, mas ela não é só ciência, porque se não você fica louco mesmo, com aquele cabelo todo pirado (kkk)”.

Apesar da maneira leve de encarar a vida, Franco explicou que a habilidade para coisas acontecerem de forma mais sutil se deve ao amor pela carreira.

“A minha dedicação é férrea, hoje eu comecei às 4 horas da manhã, no meio do caminho a gente vai inserindo coisas diferentes, mais leves. Mas eu trabalho o tempo inteiro, de segunda a segunda, não tem domingo, não tem nada, porque eu também gosto bastante. A dedicação fica muito mais fácil quando a gente ama aquilo que a gente faz ”.

Feliz com a classificação entre os 100 mil pesquisadores mais influentes do mundo, de acordo com o Journal Plos Biology da Universidade de Stanford, Estados Unidos, para ele a maior satisfação é poder influenciar, e ser exemplo para que outras pessoas possam enxergar uma oportunidade de carreira na ciência.

“Para mim foi uma surpresa, porque eu não fico medindo isso, não fico olhando em qual, ranking está ou não.. mas é legal, porque uma das coisas que eu sempre gostei da ciência era a chance de poder inspirar as pessoas. Eu acho que ser cientista, o mais legal é poder tocar o coração da molecada, e isso (o ranking) mostra que eu estou fazendo a coisa pelo menos no caminho correto. Sempre pensei, jogador de futebol, todo mundo quer ser jogador de futebol, mas quase ninguém quer ser cientista. Quando a gente se torna de certa forma influente, quer dizer que a gente está tocando as pessoas fazendo com que elas gostem da nossa carreira”.

A entrevista completa com Octávio Luiz Franco você confere aqui: