Capitã Cloroquina depõe na CPI e diz que não foi informada sobre falta de oxigênio em Manaus

Karina Anunciato e Michael Franco

Mayra Pinheiro (Foto: Senado)

Na semana em que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) completa um mês em atividade, a sétima testemunha a depor na CPI da Covid, nesta terça-feira (25) foi a médica e secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.

Como já era esperado, um dos assuntos mais questionados direcionados à secretária foi o uso do medicamento que lhe rendeu o apelido de “Capitã”, a cloroquina.

A secretária, que falou por cerca de sete horas, conquistou na última sexta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de permanecer em silêncio caso fosse questionada sobre suas atividades e ações em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. A justificada é de que ela responde a um processo no Amazonas e que tem o direito de não produzir provas contra si. Apesar disso, Mayra respondeu a todas as perguntas.

Durante toda a sessão, os senadores tentaram confrontar o depoimento de Mayra com o do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, especialmente sobre a data na qual ele ficou sabendo sobre o colapso do oxigênio em Manaus. A secretária disse que Pazuello foi informado no dia 8. Ele afirmou em seu depoimento, na semana passada, que soube do problema no dia 10 de janeiro.

A secretária relatou aos senadores que permaneceu na capital do Amazonas, entre os dias 3 e 5 de janeiro. Durante este período ela afirmou que não havia sido informada que o quadro poderia se agravar.

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