Com previsão de menos chuvas nos próximos meses, o Comitê Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos (COMIF) intensifica as ações de conscientização em Campo Grande. Foi lançada neste mês de junho, a Campanha ‘Diga Não às Queimadas Urbanas – Agosto Alaranjado 2022’.
Tradicionalmente, o mês de agosto é dedicado à mobilização em torno do assunto, no entanto, para ampliar a estratégia educação, este ano, a campanha começou dois meses antes, exatamente devido ao histórico de queimadas no início do inverno.
“Não verdade tem este histórico de ocorrências, e a gente acompanhando, viu que logo no mês de junho existe um aumento nas queimadas. Então, a gente discutiu e resolveu adiantar as ações. Existe um cronograma de ações até setembro e nós decidimos adiantar para sensibilizar a população sobre esta temática”, explicou a coordenadora do Comitê, Mariana Thaís Rodrigues Godoy.
O período de estiagem em Mato Grosso do Sul segue de junho a setembro, com baixa umidade, menos chuvas e vegetação seca. Esta soma de fatores contribuem para formação de material orgânico, combustível natural para as queimadas. Associado a isso, há uma outra preocupação o hábito da população de atear fogo em terrenos, ação que contribui com o aumento de ocorrências.
“Basicamente as queimadas urbanas ocorrem em duas situações: uma de forma natural; e outra artificial. As naturais ocorrem por algum fenômeno do clima como raio; e as artificiais são provocadas pela ação humana. Aqui em Campo Grande a maior parte das nossas queimadas acontecem por ação humana. Como isso acontece? A população tem o hábito errado de colocar fogo para limpar os terrenos, vegetação tá alta a pessoa fez o corte vai colocar fogo para acabar com o resíduo”.
Lembrando que colocar fogo em terrenos baldios é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais, 9.605. Entre as penalidades está a multa que ultrapassa os R$9 mil e a previsão de prisão de 1 a 4 anos.
As denúncias podem ser realizadas em diversas situações: se for para apagar o fogo, a pessoa deve ligar para o 193 do Corpo de Bombeiros, mas depois é importante registar a ocorrência pelo outros canais de reclamação. No 156 (sem flagrante), ou pelo fala.campogrande.ms.gov.br; 153 (com flagrante) este é o número da Guarda Civil Metropolitana; ou ainda 190 se o incêndio for em área rural.
A entrevista completa com Mariana Thaís Rodrigues Godoy você confere aqui: