
Com a real possibilidade de ficar sem insumos para a fabricação da vacina contra a covid-19 no Brasil, autoridades do Executivo e Legislativo se encontram com embaixador da China e pedem ajuda para destravar questões burocráticas.

O primeiro a se encontrar com o embaixador, Yang Wanming, foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Em videoconferência, ontem pela manhã, Maia apostou no bom relacionamento com os asiáticos para desenrolar a situação. Após a conversa com Wanming, o presidente da Câmara explicou que a demora para a entrega dos insumos está ligada a questões técnicas e minimizou questões políticas.
Quem também conversou com o embaixador foi o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Sobre o encontro, a embaixada chinesa comunicou através das redes sociais a realização da reunião virtual e afirmou: “A China continuará unida ao Brasil no combate à covid-19 para superar em conjunto os desafios colocados pela pandemia”.
Ainda sobre a possibilidade atrasar a vacinação no Brasil devido a falta de insumos para a fabricação da vacina no país e no atraso do envio dos 2 milhões de doses compradas da Índia, ontem o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participou de um encontro com os deputados da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, para esclarecer os riscos de um longo intervalo até a retomada da vacinação.
Questionado pelos deputados se o impasse para a continuidade da entrega dos insumos estava ligada às questões diplomáticas, o ministro afirmou que o Brasil mantém “relação madura e construtiva” com a China e a Índia e descartou problemas políticos e diplomáticos nesse atraso.
Apesar dos encontros, não foi divulgada, nem confirmada a data de entrega dos insumos vindos da China e das vacinas vindas da Índia, ao Brasil.